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Novelas, Protestos e a Miséria da Educação

No dia 20 de junho de 2013, quinta-feira, liguei a TV um pouco antes das 21h00 para conferir a onda de protestos que tomou conta do Brasil, e percebi que, como num mantra, os âncoras da Rede Globo repetiam: “os protestos são pacíficos”, em flagrante contraste com as imagens mostradas ao vivo, que continham cenas explícitas de violência, baderna, depredação do patrimônio público, fogueiras, bombas explodindo em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília. Fiquei sem entender como pode a pessoa afirmar algo que seus próprios olhos negam. Mas tudo bem, findo o Jornal Nacional, começa a novela das 21h00 (Amor à Vida, transmitida pela emissora entre maio de 2013 e janeiro de 2014) com uma cena em que o personagem de Antônio Fagundes dividia a cama com sua amante, que era uma moça bem jovem e sua secretária. Daí começou a cair minha ficha. Logo depois, aparece uma cena, que foi uma verdadeira “lição de moral” ao povo. Uma mãe “aconselhando” a filha: “Lembre-se bem porque você se casou com o Félix: por DINHEIRO. Quando a gente tem dinheiro a gente esquece os tempos difíceis…ou você quer voltar a fazer programa?”  Aí eu entendi perfeitamente o que está a acontecer: o problema é a situação da educação no Brasil. Somente um povo sem educação, sem nenhuma orientação ética ou moral, sem qualquer valor espiritual, se deixa guiar por uma novela com esse teor, e cujo título ainda é “Amor à vida”. De amor à vida não se mostra nada na trama: muito pelo contrário, só se mostra “amor” ao dinheiro, pois sabemos que não se pode amar coisas, mas apenas pessoas, qualquer coisa diferente disso é apego, idolatria, avareza. O tal personagem Félix jogou a própria sobrinha num lixão para evitar ter que dividir parte de seu dinheiro com ela. Perceba-se que dinheiro e satisfações rasteiras são os únicos valores propagados hoje em dia pela grande mídia. Se o povo não reclama da qualidade da programação e ainda dá IBOPE a tamanha abominação, isso tem que ser estudado minuciosamente. Como chegamos nesse ponto? Antigamente as pessoas eram educadas, protestavam por qualidade, jamais uma emissora de TV propagaria tamanhas abominações. Mas hoje tudo pode, tudo está liberado, desde que seja indecente. Se for um comportamento de recato, contrição, religiosidade, daí é proibido! Como o Brasil chegou nesse ponto? Há de se ressaltar que, no mínimo, há vinte anos a esquerda vem construindo com muito sucesso seu projeto hegemônico, o qual se intensificou muito nos últimos 10 anos, com o PT no poder. Contudo, pouquíssimos são os que percebem a relação de causa e efeito que existe entre a hegemonia política da esquerda e a falência da educação, o que, em verdade, é muito simples de entender. Para a esquerda, não interessa que o povo seja bem educado, instruído, que saiba de seus direitos naturais. Interessa a existência de uma massa ignara, faminta e dependente de esmola estatal: por isso fazem de tudo para destruir a educação. Um povo tratado dessa forma vai absorver muito bem as “lições morais” das novelas da Globo e as colocar em prática sentindo grande “amor a vida” de bolsista, de mensaleiro, de sanguessuga, de malandro, de traficante, e as pessoas vão ainda ter muito orgulho por serem brasileiras adoradoras de carnaval, futebol e bolsa-família. Saiu uma pesquisa recente divulgando que 25% das meninas entre 10 e 15 anos matriculadas na rede estatal de ensino já tomou a pílula do dia seguinte, a qual, para quem não sabe, tem por função matar crianças no útero, durante o período de formação do bebê. Mais uma “glória” alcançada pela “educação” esquerdista. Se os protestos não apontarem essa relação íntima e carnal entre esquerda no poder e deseducação do povo, com auxílio da mídia, irão chover no molhado. Desligar a TV também faria bem.

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